Você já inventou alguma palavra?
Eu tento inventar uma por dia. Sou um grande fabricante de palavras e, por isso, sou também um grande criador de neologismos. Um neologismo é uma palavra que não existe nos dicionários.
Aposto que você, mesmo sem querer, já criou alguma também!
Por exemplo: quando acordo com muita preguiça, falo que a cama está indeixável. É que, às vezes, eu não consigo deixar a cama para trás e começar o dia.
Ah! Quando vejo uma coisa muito legal, tento combinar o máximo possível de palavras para conseguir expressar toda a minha alegria.
Por exemplo: incrível + fantástico + maneiro. O resultado é incritastioneiro! Meu querido leitor, você é incritastioneiro!
Os poetas, que criam muitas palavras, também são incritastioneiros. O neologismo que acho mais engraçado é o do poeta Haroldo de Campos, que uso para explicar o meu amor por queijos fedidos: fedormenal.
Conseguiu captar a mensagem? É uma mistura de fedor + fenomenal. Quando encontro um queijo fedido assim, digo imediatamente:
FE-DOR-ME-NAL!
Outro poeta de quem gosto é Manuel Bandeira. Ele criou um poema chamado Neologismo e também o verbo teadorar. É para usar quando a gente está apaixonado! Bonito, não é?
TE-A-DO-RAR!
Os neologismos vêm também de outros idiomas. O verbo deletar, por exemplo, nasceu quando alguém aportuguesou o verbo em inglês to delete. Na internet existe um montão de exemplos. Já parou para pensar?
Bom, tenho que ir. Por sorte, criei uma palavra para despedidas tristes: misturei tchau + saudades. Olha no que deu.
Tchaudades!