Instalação

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Você já entrou em uma obra de arte?

Eu digo assim, entrar mesmo! Caminhar, xeretar, farejar, ouvir, pular num pé só e olhar de todas as maneiras possíveis. De cima para baixo, de baixo para cima, meio de lado, com um olho só.

Cada passo que você dá revela alguma coisa nova. Cada jeito de olhar revela uma imagem nova para guardar na memória!

Essas obras de arte em que se pode entrar e xeretar são chamadas de instalações. As instalações começaram a aparecer para valer no mundo da arte na década de 1960. Existem algumas em que você pode até brincar com os materiais!

Por isso, quando estiver em uma instalação artística, pergunte se é permitido tocar as obras. Se for, divirta-se! Elas são muito legais e você vai se surpreender. Se não for possível tocá-las, faça como eu: ande de um lado para o outro coçando o bigode (pode ser imaginário) e tentando descobrir o que significa tudo aquilo.

A instalação da ilustração aí em cima, em que eu apareço xeretando, é uma obra do artista brasileiro Hélio Oiticica chamada Invenção da Cor, Penetrável Magic Square #5, De Luxe, que fica no museu Inhotim, em Minas Gerais.

Eu caminhei por ela, toquei, olhei de todos os jeitos possíveis… E sabe o que imaginei? Que eu estava dentro de um lugar mágico, todo colorido, no meio de uma floresta. Fiquei até com vontade de morar ali com meus primos mineiros. Foi muito legal!

Então anote mais alguns nomes de artistas brasileiros que criaram instalações imperdíveis: Lygia Pape, Tunga, Cildo Meireles, Mira Schendel, Carlos Fajardo, Antonio Manuel…

Ufa! É tanta gente! E não para de aparecer gente nova. Quem sabe o próximo grande artista não seja você? Quero ser convidado para xeretar as instalações!

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