Poesias de Ser criança
crianceiras
Crédito: Everson Tavares

 

Hoje eu acordei um tanto poético, querendo conhecer o dedão do pé do fim do mundo, me encher de vazio, dar tapa na bunda do vento, carregar água na peneira ou, quem sabe, voar feito passarinho.

Ah, é verdade que apesar de eu estar muito inspirado, não fui eu que criei essas frases contemplativas aí de cima. Só acordei assim porque me contaram que logo tem Crianceiras no Itaú Cultural. Cri-an-cei-ras. Não conhece essa palavra?

Eu explico! Um dos meus poetas brasileiros favoritos é o Manoel de Barros, que nasceu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e entendia as coisas pequenas da vida como ninguém. Manoel se foi no fim do ano passado, mas sua obra está em diversos livros, na boca de muita gente que adora poesia, como eu, e também no espetáculo criado pelo músico sul-matogrossense Márcio de Camillo.

Ele, que além de autor é o intérprete principal do Crianceiras, me contou como isso surgiu: “O Crianceiras é uma homenagem que fiz para todas as crianças, porque eu queria ensinar para minha filha poesia de um jeito diferente.”

Não é demais? Pois então pegue um papel e anote na agenda que você tem de ver isso de perto, lá no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer, em São Paulo.

No dia 8 de fevereiro, às 16h, vai ter poesia interagindo com outras artes, músicos e atores transformando a tarde em uma grande homenagem ao Manoel.  Meu foguete já está abastecido, essa eu não perco por nada!

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