Passei em frente ao Auditório Ibirapuera e vi uma roda de hip-hop.
Olhei para um lado, olhei para o outro e não consegui encontrar as caixas de som.
Mas como, então, estava rolando uma batida muito legal?
Eram dois meninos e uma menina.
Olhei bem de perto e era ela quem fazia o ritmo com a boca!
Os dois garotos cantavam as rimas, e ela mandando ver no acompanhamento.
Perguntei como isso se chamava, e ela me disse que era beatbox.
“Beatbox” é uma palavra em inglês que quer dizer caixa de batida.
Ou seja, você treina bastante para que sua boca imite vários instrumentos musicais.
Os sons saem superdiferentes, porque você usa os lábios, a língua, o céu da boca, a garganta e até o barulho da sua respiração!
Tem gente que imita bateria, sons eletrônicos, trombone, trompete, tuba, saxofone…
É só dizer o instrumento que eu digo que tem gente que imita.
O pessoal do hip-hop, por exemplo, adora imitar os sons que o DJ faz com os discos de vinil.
É aquele vaivém com as mãos, sabe? Muito legal!
O beatbox é uma demonstração do que a voz humana é capaz de fazer!
E aí vai uma ideia muito legal: você não precisa de instrumentos musicais para fazer seu som!
Tem artistas do beatbox que levaram isso tão longe que gravaram os próprios discos sem a ajuda de instrumentos musicais.
Eles inventaram uma técnica impressionante: a de cantar e fazer a batida ao mesmo tempo.
Puxa, aí eles foram longe mesmo.
Eu, por enquanto, fico só no psssss, pshhhh, boooooooom.
Mas um dia eu chego lá!