Dadá

Dadá (1)

Dadá! Dadá!

Quando digo Dadá, lembro dos meus tempos de bebê. Quando lembro dos meus tempos de bebê, digo Dadá. É uma palavra engraçada e curta: Dadá.

Dadá!

E se eu dissesse que Dadá é mais do que uma palavra que lembra bebês? Então eu digo: Dadá é mais do que uma palavra que lembra bebês. Dadá é toda obra que faz parte de um movimento artístico chamado dadaísmo!

Captou?

O dadaísmo é um dos mais divertidos movimentos artísticos do mundo – na minha modesta opinião camundonga. Adorei tudo o que farejei: colagens, bonecos, instalações (aquelas obras de arte nas quais podemos entrar e xeretar!), poemas. Eram todos de uma confusão inspiradora.

O dadaísmo surgiu na Suíça, onde tem queijos deliciosos, que eu adoro! Enfim, o dadaísmo queria mais confundir do que explicar. Foi uma atitude contrária e poderosa a tudo o que era arte e cultura na época. Sabe do que estou falando? Daqueles quadros com paisagens, retratos de gente séria e assim por diante.

Bom, a ideia colou e foi crescendo, crescendo, chegou à Alemanha, continuou crescendo, crescendo, até que um sujeito, hoje famosíssimo, decidiu colocar uma roda de bicicleta em cima da mesa e chamar de arte. Sabe quem é?

Vou dar mais uma dica: esse mesmo sujeito colocou um mictório (também conhecido como lugar de fazer xixi) de cabeça para baixo dentro de um museu e chamou de obra de arte.

Senhores, apresento-lhes Marcel Duchamp!

Duchamp brincou com a ideia de arte. O que ele fez? Colocou um objeto comum dentro de um museu – a roda de bicicleta e o mictório – e fez de conta que era obra de arte.

Nessa hora, coço meus bigodes. Então basta colocar um objeto dentro de um museu que ele se torna obra de arte? Assim? Como se fosse mágica?

Bem que eu avisei: o espírito Dadá é mais para confundir do que para explicar.

Por isso mesmo ele é tão legal!

Outra pessoa importante do dadaísmo é Tristan Tzara. Em 1920, ele ensinou como fazer um poema Dadá. Eu adaptei um pouquinho as instruções para você fazer o seu, com a ajuda de um adulto.

  • Pegue um jornal
  • Pegue uma tesoura
  • Recorte uma reportagem do tamanho do poema que você quer fazer
  • Agora recorte cada palavra do artigo e coloque-as em um saco
  • Chacoalhe como se não houvesse amanhã
  • Sorteie as palavras, uma de cada vez
  • Escreva cada palavra sorteada em uma folha, na ordem do sorteio
  • Leia em voz alta, de preferência para toda a família
  • Ao final, diga seu nome, seguido de GRANDE POETA DADAÍSTA
  • Depois me contem o que aconteceu!

 

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