Hoje vou apresentar aos meus queridos leitores uma dupla dinâmica do design mundial. Com vocês, Ray e Charles Eames!
Ray e Charles Eames se casaram em 1941 e foram parceiros de trabalho por muitos e muitos anos no Escritório Eames, na Califórnia, Estados Unidos. Ray era pintora e Charles arquiteto. Um complementava o trabalho do outro.
Junto com a equipe do escritório, os Eames criaram objetos, livros, brinquedos, móveis, filmes e exposições, entre tantas outras coisas que envolviam trabalho duro, experimentação, criatividade e um tanto de diversão.
Seu maior legado para a história do design talvez tenha sido justamente essa maneira de trabalhar e comunicar a todo mundo para que serve o design. Para eles, a vida era trabalho, que era diversão, que era vida, que era trabalho, que era diversão, que era vida, que era trabalho, que era diversão… Até o infinito!
Depois que conheci o jeito de pensar dessa dupla apaixonada por tudo o que fazia, entendi uma coisa: quando a gente escolhe uma profissão, está escolhendo uma forma de olhar para o mundo.
Os Eames fizeram muitos brinquedos, como esse jogo de cartas aí em cima (tem fotos muito mais lindas aqui). Mas uma das coisas que eu mais amo deles é essa traquitana aí embaixo, uma máquina de fazer nada movida a energia solar.
Já pensou?
Pois sabe que os Eames também projetaram a própria casa? Foi um sucesso! A Eames House virou estudo de caso de uma revista bambambã de arquitetura modernista e acabou fazendo história.
Quero mostrar a vocês alguns filmes que o Escritório Eames fez. Eles tinham um monte de cacarecos em casa e no escritório – bonecos, esculturas, pedaços de objetos, recortes e muitas miudezas que acabavam sendo usados nos cenários.
Um dos filmes mais conhecidos que fizeram é Powers of Ten (1977). Adorei a forma como eles usaram a matemática para fazer a gente entender o que é muito maior ou muito menor que nós.
Tem também o Tocatta for Toy Trains (1957), sobre trens de brinquedo. O filme é uma homenagem aos brinquedos antigos, que funcionavam e eram construídos com os mesmos materiais dos trens reais. Uma ode à verdade dos materiais, tema muito caro aos modernistas. Quer dizer que eles gostavam de trabalhar com materiais reais, e não com imitações das coisas.
E tem o Tops (1969), que é como se fosse um videoclipe no qual quem dança são piões de todos os tipos. Sim, piões de rodar. Como diriam em Portugal, é bem giro!