Gênero

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Gente, aqui vai uma pergunta: existe isso de “coisas de camundongo” e “coisas de camundonga”?

Outro dia saí com uma roupa cor-de-rosa muito legal e uma criança na escola me disse que era coisa de camundonga. Eu fiquei confuso.

Ué, quem foi que disse que cor-de-rosa é cor só de camundonga? E que azul é cor só de camundongo?

Não sei quem inventou essa, mas comigo não cola. Eu uso a cor que quiser, ora. Tem dia em que estou a fim de usar verde, outro dia vermelho, outro dia azul, outro dia cor-de-rosa. A vida colorida é bem mais divertida!

Bom, fui tentar entender por que é que tem gente que pensa isso das cores e descobri uma coisa importante: tudo começa no berço.

Você já reparou que, quando uma mãe vai ter um bebê, todo mundo pergunta se é camundongo ou camundonga? Ops! Menino ou menina? Eles querem saber o sexo do bebê.

Se for menino, a roupa quase sempre é azul e nunca cor-de-rosa. E se for menina? Você já sabe? Sim, sim! A roupa é cor-de-rosa e quase nunca azul. Ora, eu acho isso das regras para camundongo e para camundonga uma invenção esquisitíssima.

Descobri que essas invenções são chamadas estereótipos de gênero. Esterequê? De novo: estereótipos de gênero.

Estereótipo é, tipo assim, quando a gente generaliza e cria regras. E estereótipo de gênero é quando a gente generaliza e cria regras sobre o que é ser camundongo e camundonga.

Por exemplo: camundongas usam cor-de-rosa, só brincam de boneca e não sabem jogar futebol. Gente, que mentira enorme. Até parece! Eu levei um golaço da Fernanda outro dia que nem quero me lembrar. A bola entrou no ângulo! E depois a gente ainda brincou de super-heróis!

Ou assim: camundongos usam azul e não choram. Poxa, que absurdo. Se você, camundongo, nunca chorou de dor, é porque não sabe o que é prender o orelhão em uma porta. E, se nunca chorou de alegria, é porque nunca ganhou uma surpresa!

Hoje em dia tem tanta gente falando de estereótipos de gênero que essas regras estão ficando cada vez mais fora de moda! Ufa! Será que algum dia vou poder usar cor-de-rosa sem que alguém diga que preciso ser mais camundongo? E a Fernanda vai poder brincar com a gente sem que alguém diga que ela precisa ser mais camundonga?

Se vocês quiserem saber mais sobre o que é gênero, encontrei três livros que falam desse assunto lá no Cantinho da Leitura, do Itaú Cultural. Eles são demais! Querem ver quais são? Pulem lá!

É só clicar aqui.

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