Não é de comer nem de beber. Também não é remédio. Sabe o que é um limerique? É uma forma de poesia muito doida! Quer dizer, um poema absurdo, sem pé nem cabeça, maluco de pedra!
Aprendi uma receita para fazer limeriques de dar água na boca. Para fazer o seu, você vai precisar de alguns ingredientes especiais. Um quilo de fantasia, dez colheres de imaginação e todas as maluquices que tiver na sua horta. Use tudo sem moderação. Diversão a gosto!
Vamos tentar?
O limerique tem cinco versos. Olhe o que deve aparecer em cada um deles:
1 – O personagem principal (rima com os versos 2 e 5)
2 – Uma característica ou ação que mostra como ele é (rima com os versos 1 e 5)
3 – Uma coisa louca que acontece com ele e outros personagens (rima com o verso 4)
4 – Continuação do verso 3 (rima com o verso 3)
5 – Final surpreendente da história (rima com os versos 1 e 2)
Para você criar o seu, é bom ter um exemplo, então veja abaixo alguns limeriques de dois autores supimpas, a Tatiana Belinky e o Edward Lear.
UM MUITO CAPETA HOTENTOTE
PREGOU NUM PIXOTE UM CALOTE.
PIXOTE CHIOU,
E ENTÃO SE VINGOU
COM UM COLOSSAL PIPAROTE!
SE O FILHOTE TE PERGUNTAR
ALGO DURO DE EXPLICAR,
DÁ-LHE JÁ A HONESTA
RESPOSTA INDIGESTA:
— NÃO SEI! MAS EU VOU PESQUISAR!
Havia uma jovenzinha de Barbados,
Com os cadarços raramente desamarrados;
Resolveu comprar uns tamancos,
e alguns cachorrinhos pretos e brancos,
e andava pra lá e pra cá em Barbados.
Tinha um velhinho de São Bernardo,
Que nunca fazia nada errado;
Deitou de costas,
Com a cabeça num saco,
O inofensivo velhinho de São Bernardo.
Gostou? Experimente a receita e faça o seu próprio limerique!
Tcha-au!